DICA PARA O ESTUDANTE:
Este blog também é muito visitado por estudantes de Economia, por isso àqueles que queiram entender um pouco mais sobre os efeitos de uma redução na taxa de juros, segue um trecho de um Especial publicado no site da Folha de São Paulo. Também aconselho o acompanhamento no site do Bacen das atas do Copom e o entendimento do Sistema de Metas de Inflação. Para os economistas ortodoxos, tentar entender como funcionam ferramentas como a IS-LM neste caso.
"A redução dos juros, o Banco Central diminui a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, começa a "sobrar" um pouco mais de dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo.É por isso que os empresários pedem corte nas taxas, para viabilizar investimentos.
Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores. É também por esse motivo que as Bolsas sobem em Wall Street ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair.Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida suga como um ralo o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo."
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Thursday, August 31, 2006
COPOM corta a SELIC em 0,5% e PIB cresce somente 0.5% no segundo trimestre
Monday, August 28, 2006
O que eles querem e o que nós queremos
Revista Veja: "O programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um eventual segundo mandato deverá priorizar o crescimento econômico, a inclusão social e a expansão do emprego, mas sem estabelecer metas numéricas para todas essas áreas. O documento deverá também fazer duras críticas ao governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso, e destacar vulnerabilidades dos rivais. (...) Da mesma forma, o programa de 2002 prometia 10 milhões de empregos, o que não será cumprido até o fim do ano - assim, Lula se comprometerá com a redução do desemprego sem falar em números. "Ele já manifestou preferir crescimento moderado e permanente com distribuição de renda. Não dá para ter China como um parâmetro", diz o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Um dos poucos pontos em que as metas incluem números é a educação, tema classificado de prioritário - Lula faria promessa de elevar os investimentos no setor para 6% do PIB (hoje são 4,5%). A reforma política é outra das prioridades, com as medidas já defendidas publicamente por Lula - fidelidade parrtidária, financiamento público de campanha e outras mudanças no sistema."
Para saber mais sobre as eleições e plataformas de outros candidatos:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2006/eleicoes/
Thursday, August 24, 2006
Pedágio na Internet?
Pois é, a nossa internet que nasceu num meio acadêmico, tem um modelo de funcionamento na qual as informações trafegadas na rede são iguais a todas as pessoas e de acesso grátis. É o que eles chamam de princípio da neutralidade. Porém, grandes empresas de telecomunicações americanas, como AT&T e Verizon, tem pressionado o congresso americano para realizar "reformas" da lei de telecomunicações, querendo o direito de oferecer acesso rápido a quem pagar por ele, estabelecendo a hierarquia de tráfego na rede. Isso soa estranho?
Essas empresas já conseguiram que uma emenda fosse retirada desta lei. Adivinhem qual? O princípio na neutralidade. Esta legislação ainda terá que ser aprovada pelo Senado americano.
Logo, podemos entender que a falta do princípio da neutralidade permitirá que empresas de telecomunicações facilitem ou dificultem o tráfego na rede, de acordo com o pedágio (pagamento de taxas). Este pedágio daria acesso a vias expressas na internet.
Muitas empresas criaram seu modelo de negócios baseados numa internet livre e sem pedágio, como Google, Yahoo, Amazon, etc. Elas seriam prejudicadas pois dependem dos usuários que trafegam livremente, acessando páginas na rede e fazem parte de sua receita. Por outro lado as empresas de telecom possuem vários argumentos onde afirmam que gastam muitos milhões com infra-estrutura (fibra óptica); redução de empregos; aumento das chamadas telefônicas via rede (VOIP), etc.
Isto está acontecendo nos Estados Unidos, mas é onde encontramos os principais sites de acesso e por onde trafegam páginas do mundo inteiro (pela distribuição dos servidores). Logo, tarifando esta ponta, o mundo todo e não só o Brasil, será a afetado.
O que acham disto?
Veja mais em:
Novas leis nos EUA poderão cobrar "pedágio" na internet
Gigantes de telecom dos EUA querem cobrar pelo acesso à rede ...
Salve a Internet
Monday, August 21, 2006
Reforma Política
Wednesday, August 16, 2006
Petrobrás
- Exxon Mobil (US$ 18,760 bilhões)
- Chevron Texaco (US$ 8,349 bilhões)
- Conoco-Phillips (US$ 8,477 bilhões)
O que dizem os analistas sobre estes números?
Luiz Octávio Broad, analista da corretora Ágora, diz que a estatal foi beneficiada pela apreciação do real ao ter seu lucro convertido em dólar. É que a companhia gera receitas numa moeda que se valorizou ante o dólar, diferentemente das principais concorrentes na América Latina e EUA.
Marcos Paulo Fernandes, da corretora Fator, diz que o bom desempenho da companhia brasileira está relacionado ao acréscimo na produção de petróleo, que sobe em velocidade maior do que em outras empresas.
José Francisco Cataldo, analista do banco ABN Real, considera que o desempenho da empresa só não foi melhor porque a estatal sofreu com paralisações programadas de plataformas no segundo trimestre.
Os analistas ainda confirmam que o lucro poderia ter sido maior se a empresa ajustasse os preços da gasolina e do diesel ao do mercado internacional. O próprio diretor da estatal afirmou que o conjunto dos produtos refinados derivados de petróleo apresenta defasagem de preço no mercado doméstico de mais de 11%. A Folha ainda apurou, por meio da consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura) uma desafagem no preço da gasolina da Petrobrás de 16% e do diesel em 21% em relação aos preços de referência dos EUA.
Para obter maiores informações sobre o plano de metas para 2015 da Petrobrás, leia-o na íntegra em
Saturday, August 12, 2006
O Brasil - o emergente !
No meio de um cenário econômico e político, onde China e Índia disputam os holofotes como o sendo os principais mercados em crescimento e foco da globalização e de influência política, poderemos ter nossos quinze minutos de fama! Sim, nós brasileiros! Quando? Analistas dizem que por volta de 2020! Calma pessoal, isto é um cenário de longo prazo, mas vamos analisá-lo para entedermos melhor as possibilidades para que isto venha a ocorrer.
Assim como analistas se referem ao século XX como "o século americano", o começo do século XXI pode ser visto como o momento de alguns países em desenvolvimento - liderados pela China e Índia - chegaram à maturidade econômica. Porém ainda existem uma grande incerteza de como a China e Índia exercitarão seu crescente poder e se relacionarão cooperativamente e competitivamente com outras potências do sistema internacional.
China - problemas econômicos e crise de confiança
A China deseja atingir status de "grande potência" no palco mundial, refletindo no grande impulso econômico que ela trará sobre os países daquela e outras regiões. Os países da Ásia Oriental através de laços econômicos e políticos mais fortes a China, estão se preparando para o evento de uma China mais poderosa. Além disso, a China deverá continuar a fortalecer seu exército, ultrapassando a Rússia e se tornando a segunda maior investidora em defesa, depois dos Estados Unidos. Por outro lado. dificuldades econômicas e crise de confiança podem dificultar a emergência da China como potência global. Isto teria um grande impacto no cenário mundial.
O fracasso do governo chinês em satisfazer as necessidades da população de oferta de empregos poderia detonar dificuldades políticas;
A China enfrentará o rápido envelhecimento de sua população por volta de 2020 e terá de lidar com problemas demográficos. Até então, é pouco provável que o país tenha desenvolvido mecanismos sociais - seguro-saúde, sistema de previdência - característico do Ocidente;
Se sua economia entrar em queda, a segurança regional se enfraquecerá, resultando em instabilidade política, crime, tráfico de drogas e migração ilegal.
Índia - reveses políticos e econômicos
Como a China, a Índia será um polo econômico, e sua emersão terá um impacto não apenas na Ásia mas também ao Norte, bem como no Irã e nos países da Ásia Central e do Oriente Médio. Conforme a economia da Índia cresce, os governos do Sudeste Asiático (Malásia, Cingapura, Tailândia etc.) podem se aproximar da Índia para, juntos, ter um contrapeso geopolítico em relação à China. Além disso a Índia deve fortalecer seu comércio bilateral com a China.
Assim como a China, a Índia pode ter reveses econômicos e políticos com a crescente pressão sobre seus recursos naturais - terra, água e reservas de energia - intensificando na medida que o país de modernizar.
Brasil - o parceiro
O Brasil, bem como outros países como Rússia, África do Sul e Indonésia estão bem colocados para atingir níveis elevados de crescimento econômico, mas com uma influência política menor que a China e a Índia. Este crescimento beneficiará os demais países vizinhos, mas sem alterar o fluxo de poder econômico nas suas regiões - elemento chave na ascensão política da China e Índia.
Muitos especialitas reconhecem o Brasil como um país-pivô, com sua democracia, economia diversificada, população empreendedora, um grande patrimônio nacional e sólidas instituições econômicas. O sucesso ou fracasso do Brasil em equilibrar as medidas econômicas pró-crescimento com uma agenda social ambiciosa, que busca reduzir a pobreza e igualar a distribuição de renda, terá profundo impacto no desempenho econômico e político da região nos próximos 14 anos. A busca por investimentos diretos, pelo desenvolvimento da estabilidade regional e integração da população marginalizada - inclusive com relação ao comércio e a infra-estrutura econômica - continuarão a ser axiomas da política externa brasileira. O Brasil é um parceiro natural, tanto para os EUA e a Europa, como para potências emergentes China e Índia e ainda o país tem potencial para melhorar seu desempenho como exportador de petróleo e de combustíveis renováveis - álcool e biodiesel.
Wednesday, August 09, 2006
O futuro demográfico do Brasil
O cruzamento destes dados mostra um futuro catastrófico. Mais pessoas se aposentando mais cedo; a pirâmide demográfica indicando envelhecimento da população; o nível educacional dos profissionais entrando no mercado de trabalho nos próximos 20 anos, pelo menos, ainda muito aquém do que é preciso, tudo isso junto me faz concluir que o Brasil pode estar presenciando hoje uma das suas últimas oportunidades de dar um salto qualita e quantitativo em seu desenvolvimento econômico aproveitando mão-de-obra em idade economicamente ativa.
Wednesday, August 02, 2006
Forum de Economia da FGV
É preciso também atuar mais agressivamente em pelo menos duas direções.
Primeiro, no sentido de garantir acesso privilegiado aos mercados do Norte, sejam os EUA ou a Europa. Diante das vantagens competitivas chinesas, a indústria brasileira não pode se dar ao luxo de não ter esse acesso, sobretudo com o alargamento da União Européia e a proliferação dos acordos bilaterais dos EUA com quase todo o resto da América Latina.
- Segundo, no sentido de explorar de maneira mais eficiente os recursos que o país tem. Que o Brasil tivesse sua indústria concentrada no Sudeste na época da substituição de importações, era compreensível. O cenário mudou com a abertura, uma vez que a competição das importações deu maior relevância ao custo dos fatores, em particular ao da mão-de-obra. Mas a mudança levou a um movimento de desconcentração espacial mais tímido do que se poderia esperar. De acordo com o IBGE, o salário médio industrial no Nordeste em 2003 era aproximadamente 50% mais baixo que o do Sudeste e 40% inferior à média do país. Já os salários do Sudeste eram quase quatro vezes mais altos que os chineses. Assumindo que os números não mudaram muito, a transferência para o Nordeste cortaria a diferença salarial em relação à China quase pela metade. Associado a um câmbio mais competitivo e à maior proximidade do Brasil dos mercados americano e europeu, isso colocaria a indústria em condições melhores de competir com a China e de gerar empregos e desenvolvimento regional. É claro que por trás da timidez na desconcentração espacial devem estar problemas como a infra-estrutura precária, o baixo nível de qualificação da mão-de-obra e os problemas que afetam o clima de negócios. A "opção Nordeste", para que seja viável, tem que vir acompanhada de políticas públicas que tratem dessas deficiências e criem condições para que os recursos que estão lá sejam bem aproveitados.