Há 2 semanas, a revista IstoÉ publicou uma matéria de capa onde questionava o que os candidatos a Presidente do Brasil propunham quando eleitos. Pensei em cfalar um pouco sobre o plano de cada um destes candidatos em relação à Economia que, afinal de contas, é nosso assunto preferido aqui no blog e comparar com o que o eleitor está procurando. Só que me deparei com um problema: ao procurar pelas razões pelas quais os eleitores decidiam votar por candidato x ou y, o que descobri é que o eleitor não sabe o que quer!
Em julho deste ano, o instituto Datafolha indagou aos eleitores que têm um candidato a presidente se votam nele porque se trata do candidato ideal ou por não haver melhor opção. Entre os que votariam em Lula naquela época, 59% afirmam que ele é o candidato ideal, e 36% dizem que não há opção melhor. Entre os que têm intenção de votar em Alckmin, 50% afirmam que ele é o candidato ideal, e 47% declaram que não há outra opção. A maior parte (51%) dos eleitores de Heloísa Helena justifica seu voto dizendo que não há opção melhor entre os candidatos a presidente. A pergunta fica no ar: será que votamos nos candidatos por que oferecem as melhores soluções ou por que não há opção melhor? A revista Veja desta semana publicou um especial sobre as eleições 2006 em que apurou que, se não fossem obrigados a votar, 6 em cada 10 eleitores deixariam de fazê-lo. Esta eleição, segundo o Ibope, é percebida por 53% dos eleitores como "menos animada" que as anteriores principalmente devido a falta de interesse e denúncias de corrupção. Na última pesquisa efetuada pelo instituto, 90% dos eleitores disseram não confiar nos políticos.
Com o intuito de ajudar o leitor a tomar uma decisão mais embasada, publicaremos alguns links e matérias que foram veiculadas recentemente sobre os 2 principais candidatos à Presidência.
Revista IstoÉ: "O presidente-candidato Lula já deu ordens a seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que faça, a partir de agora, uma calibragem com efeito para o próximo ano: um pouco mais de crescimento, no patamar de 5%. Como? Com reduções pontuais nos impostos para as microempresas e para setores estratégicos da economia. "
Revista Veja: "O programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um eventual segundo mandato deverá priorizar o crescimento econômico, a inclusão social e a expansão do emprego, mas sem estabelecer metas numéricas para todas essas áreas. O documento deverá também fazer duras críticas ao governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso, e destacar vulnerabilidades dos rivais. (...) Da mesma forma, o programa de 2002 prometia 10 milhões de empregos, o que não será cumprido até o fim do ano - assim, Lula se comprometerá com a redução do desemprego sem falar em números. "Ele já manifestou preferir crescimento moderado e permanente com distribuição de renda. Não dá para ter China como um parâmetro", diz o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Um dos poucos pontos em que as metas incluem números é a educação, tema classificado de prioritário - Lula faria promessa de elevar os investimentos no setor para 6% do PIB (hoje são 4,5%). A reforma política é outra das prioridades, com as medidas já defendidas publicamente por Lula - fidelidade parrtidária, financiamento público de campanha e outras mudanças no sistema."
Agora vejamos o que a imprensa tem dito sobre o candidato Alckmin:
Revista IstoÉ: "O tucano Alckmin promete cortar gastos com um rigoroso enxugamento e racionalização da máquina pública. Avalia, por exemplo, que poderá economizar R$ 4 bilhões só com a implantação de compras por pregão eletrônico. Assim, terá margem para reduzir impostos. Alckmin quer criar o Simples Trabalhista para as pequenas empresas e unificar o ICMS e o IVA nos Estados. “A carga tributária precisa ser do tamanho dos gastos públicos”, lembra Everardo Maciel, da equipe de Alckmin. "
Revista Veja: "O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, vincula o desempenho econômico do país às denúncias de corrupção no governo Lula. Segundo o tucano, caso se confirme um resultado ruim do PIB (Produto Interno Bruto) nos primeiros seis meses deste ano, será "um sinal vermelho para o país". "Enquanto a gente não tirar essa praga da corrupção, o Brasil não vai para frente", disse nesta segunda-feira, em campanha na Grande São Paulo. "A corrupção espanta crédito, espanta investimento, desestimula a todos, cria um clima horrível porque não há segurança nas instituições".
Para saber mais sobre as eleições e plataformas de outros candidatos:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2006/eleicoes/
3 comments:
Cláudia,
parece que nossos candidatos não querem assumir metas, para não serem cobrados depois!
Bom, vou ser clara quanto ao que eu vejo...enquanto o presidente Lula faz muita propaganda, falha no quesito "definir números". Fácil é atingir uma meta se não há meta claramenta imposta. aparentemente, estará mais comprometido com o crescimento no futuro. Quanto ao Alckmin, gostaria que ele impusesse mais suas idéias ao invés de realizar uma campanha puramente de ataque ao atual presidente. Pode ser uma estratégia para o primeiro turno, enfraquecer o candidato mais forte, mas o deixa muito fraco para o caso de haver um segundo turno.
abraço.
Bom quanto a isso nao tenho opinião... eu justifico meu voto sempre... =D
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