O Programa Aceleração de Crescimento (PAC) - apresentado no artigo anterior neste BLOG até hoje tem causado muita polêmica. Muitos acreditam ser um iniciativa positiva, outros nem tanto. O fato é que o PAC aponta para uma participação massiça do Estado, como um grande investidor. Há uma contradição neste caso, visto que a situação fiscal do governo não é lá estas coisas. De acordo com o professor de economia José Alexandre Scheinkman, o governo deveria ter se concentrado em dar melhores condições para o setor privado participar do processo de investimento no Brasil. É claro que projetos de infra-estrutura devem ter a participação do governo e outros como telecomunicações, quando o governo dá condições mínimas de regulamentação, o setor privado atende as necessidades do País.
De olho nos melhores
Como temos observado em outros artigos publicados em jornais, revistas, livros e no blog café com economia, os governos asiáticos apostaram muito em obras de infra-estrutura no passado e hoje dão sustentação ao crescimento econômico vertiginoso. Basta olharmos para China, e Coréia do Sul por exemplo. E desde os anos 80 o Brasil tem investido muito pouco em infra-estrutura.
A educação também é primordial para preparar o país para o crescimento. Devemos ter escolas de qualidade, do ensino fundamental até as FATECs e universidades. Temos que percorrer o caminho já trilhado por outras nações como Índia, China e Irlanda (polo de tecnologia). Olhar para os melhores e ter a ambição de superá-los e não nos nivelarmos por baixo procurando um contexto ou estigma de latinidade.
O governo gasta muito e mal o seu dinheiro (nosso). Seus gastos tem aumentado, indo na contramão do que deveria ser. A tal reforma fiscal não sai do papel e somada com a ineficiente gestão dos recursos, resta uma conta pesada para se pagar. Nós temos que pagar. Aliás, quem se lembra da CPMF? A cada hora, arranjam um motivo (conta a pagar) para não se extinguir. É um apetite voraz que me lembra o PACMan (game antigo). Isso atua de forma negativa para nosso crescimento, uma vez que somos cada vez mais onerados (pagamos mais impostos).
O Programa de Aceleração do Crescimento é muito pouco para ter impacto na economia, mas o Brasil crescerá. E o mérito será devido ao bom momento da economia mundial. Lembrando que crescer abaixo da média dos países emergentes é submergir. Isto é, estaremos mais pobres, com menos empregos e oportunidades.
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1 comment:
Esse programa, é uma iniciativa para o crescimento, mas porquê não olhamos nosso vizinho, a Argentina? Será tão difícil entender ou aplicar as reformas que eles empreenderam e que está dando tão certo? Eles serão o PAC-Man de verdade.
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