Saturday, January 27, 2007

O Plano do Presidente Lula - será que agora 5% vai?

Nos últimos dias, um assunto tomou a pauta das discussões econômicas: o Programa de Aceleração do Crescimento divulgado por Lula, onde o presidente demonstra certo comprometimento com sua meta de crescimento de 5% ao ano. Para atingir o objetivo, o Plano é simples: melhora as condições de investimento (em bens de capital, propriamente dito) por meio de implantação de medidas de incentivo fiscal e aumenta o poder de compra do consumidor por meio de reajustes de salário mínimo. Obviamente, essas medidas devem gerar crescimento. Mas será que vai ser o suficiente para o tão sonhado 5% do presidente? Isso é questão para discutirmos mais adiante, mais precisamente na seção enquete que inauguramos hoje.

Enquanto isso, vamos ver um pouco do que se trata o PAC. O site wikipedia faz uma interessante análise sobre onde vem o dinheiro e para onde vai:

De onde vem o dinheiro? Basicamente, 219,20 bilhões de reais serão investimentos feitos por empresas estatais, sendo 148,7 bilhões de reais serão investidos somente pela Petrobrás; 67,80 bilhões de reais serão investidos com recursos do orçamento fiscal da União e da seguridade e 216,9 bilhões de reais serão investidos pela iniciativa privada, induzidos pelos investimentos públicos já anunciados.
Para onde vai o dinheiro? Como tudo o que vai, volta, uma parte vai para Energia (inclui petróleo, energia elétrica, gás natuarl e combustíveis renováveis), Infra-Estrutura Social e Urbana (projeto Luz para Todos - isso é energia também), saneamento básico, projetos de habitação, metrôes, recursos hídricos e logística.


Abaixo, algumas das principais medidas divulgadas no PAC:

  • Investimentos públicos e privados previstos da ordem de R$ 503,9 bilhões até 2010;
  • Criação de Fundo de Investimento em Infra-estrutura com recursos do patrimônio líquido do FGTS com valor inicial de R$ 5 bilhões;
  • Estímulo ao crédito e ao financiamento, incluindo aí ampliação em R$ 1 bilhão, em 2007, do limite de crédito para habitação popular;
  • Redução da arrecadação de impostos;
  • Redução consistente da alíquota da TJLP, atualmente em 6,5% ao ano;
  • Redução dos spreads do BNDES para financiamento de projetos em infra-estrurutra;
  • Realização de operações de project finance para energia, logística e desenvolvimento urbano;
  • Suspensão da cobrança de PIS e Cofins na compra de insumos e serviços utilizados pela construção civil em novos projetos de infra-estrutura de longo prazo (transportes, portos, energia e saneamento básico);
  • Isenção do Imposto de Renda às aplicações feitas no novo fundo de investimento em infra-estrutura após cinco anos da aquisição da cota;
  • Redução para zero das alíquotas do IPI, PIS, Cofins e Cide nas vendas de equipamentos de transmissão de sinais de TV digital, na aquisição de bens de capital e na transferência para aquisição de tecnologia e software;
  • Criação de lei que estabelece diretrizes para acesso aos gasodutos, fixação de tarifas, introdução do regime de concessão para construção e operação de gasodutos;
  • Reajuste do salário mínimo, entre 2008 e 2011, com base na variação anual do INPC mais a taxa de crescimento real do PIB de dois anos imediatamente anteriores. Manutenção da política de valorização do mínimo até 2023, com definição de novas regras até 2011;
  • Entre outros.

Agora é a sua vez de participar. Responda a enquete do Café com Economia:

Você acha que o Brasil vai crescer 5% em 2007?
Claro, eu confio no presidente Lula!
Nunca, esse plano é só lorota e vai acabar em pizza.
Crescer, vai...mas 5%? Eu aposto em menos.
Prefiro não arriscar...

Wednesday, January 10, 2007

iPhone - O pulo do gato

Depois de muito tempo, Steve Jobs (presidente-executivo da Apple) apresentou seu novo gadget - iPhone. Até o então, os céticos poderiam dizer que juntar celular e mp3 player não é novidade, pois já vimos isto nos aparelhos das concorrentes: Nokia, Motorola e SonyEricsson por exemplo. Mas quando se fala da Apple podemos esperar novidades realmente interessantes, em funcionalidades, acesso a serviços via internet e um design arrebatador.

Para começar o iPhone foi baseado no iPod, que é simplesmente o sinônimo de mp3 player e todos querem um. Vamos verificar mais alguns detalhes, sendo alguns inovadores.

O aparelho, mais fino que uma polegada, não tem teclado: usa tela sensível ao toque para fazer ligações, assistir a vídeos, ouvir música, conectar-se a um computador ou tirar fotos --há uma câmera digital de dois megapixels embutida.O lançamento vai "reinventar o setor de telecomunicações", anunciou Jobs, ontem, na conferência anual Macworld Expo, em San Francisco. "De tempos em tempos, um produto revolucionário vem e muda tudo", disse. E acrescentou que os outros celulares ainda estão engatinhando, uma vez que não são tão fáceis de se usar e tão pouco inteligentes.

O novo telefone, preto e prateado, é maior que o iPod Nano, com monitor de 3,5 polegadas. Há dois modelos: o mais barato, com quatro gigabytes para armazenamento de dados, custará US$ 499 (R$ 1.070) nos EUA, a partir de junho. A versão com o dobro de espaço sairá por US$ 599 (R$ 1.280). Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

A previsão é que o produto eleve as vendas da empresa em mais de US$ 1 bilhão.O iPhone concorrerá num mercado que movimenta US$ 127 bilhões ao ano-- ao lado da Motorola, Sonyericsson e da Nokia, com dificuldades para elevar vendas de seus aparelhos, alguns dos quais já dispõem de music players e conexão com a internet."O iPhone coloca a Apple diante de uma oportunidade de mercado muito maior", disse William Shope, analista da JP Morgan Securities. E claro que o iPhone terá acesso via internet à loja iTunes que já vendeu 2 bilhões de músicas até agora.

Veja também:

Apple lança o iPhone, celular com iPod

iPhone

Papéis de Nokia, LG e Samsung caem com iPhone

Sunday, January 07, 2007

Ano Novo, vida nova...até na Bolsa!

É, o ano virou e a Bolsa esteve mais arisca que nunca...quem acompanhou os mercados na última semana, espantou-se com a volatidade da Bolsa de São Paulo. No dia 05 de janeiro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou perda de 4,03%, atingindo os 42.245 pontos, a maior baixa desde 12 de junho. Notícia da Agência Estado da sexta-feira anunciava: "Boatos e aversão ao risco pressionam bolsas e moedas emergentes". Vamos entender a notícia, então.

A própria matéria nos dá insight preciosos sobre o que aconteceram nos últimos dias. Os boatos referiam-se aos movimentos na Bolsa que teriam sido causados por fundos de hedge expostos a commodities. "O inverno nos Estados Unidos e Europa está mais quente do que o normal e com isso o consumo de gás natural tem sido bem inferior ao previsto, com reflexo no preço do petróleo e podendo causar fortes perdas para alguns fundos”. O barril de petróleo era negociado na faixa de US$ 55,00, preço extremamente baixo se comparado com os níveis de US$ 70 que chegou a atingir no ano passado. Mas não vamos culpar apenas o preço do petróleo. Outras commodities como cobre e níquel também apresentam níveis de estoque elevado, afetando o valor de empresas de siderurgia e metalurgia.

A divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) também afetou os resultados da Bolsa de São Paulo. A ata demonstrou a preocupação do comitê com a relação a economia dos Estados Unidos, o que causou um movimento de realização dos lucros na Bolsa. Além disso, os dados mais fortes do que o esperado da geração de empregos nos Estados Unidos também abalaram as esperanças de um corte iminente na taxa de juros americana. Dessa maneira, a alta dos títulos da dívida norte-americana contribuiu para a queda maior da Bolsa, sendo que os investidores acabaram migrando para as aplicações de menor risco.


No cenário interno, a divulgação do índice de produção industrial, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que verificou alta de 0,8% situando-se acima das estimativas do mercado, gerou um clima de incerteza com relação a um novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic (13,25%) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).


Os analistas, no entanto, apuram que não é momento para entrar em pânico. Os movimentos eram na sua maioria esperados e boa parte do resultado na Bolsa é reflexo do que acontece com as Bolsas do mercado internacional.

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