Monday, October 30, 2006

Seminário de Energia Elétrica

Na semana passada eu tive a oportunidade de participar como ouvinte do Seminário "Energia como Fator de Competitividade Econômica" organizado pelo jornal Valor Econômico no Hotel Unique em São Paulo. O evento contou com a participação de figuras importantes do setor, como Maurício Tolmasquim (presidente da Empresa de Pesquisa Energética), Cláudio Langone (Secretário Executivo do Ministério do Meio-Ambiente), Eduardo Spalding (vice-presidente da Abrace), Érico Sommer (diretor de energia do grupo Gerdau) entre outros.
Apagão Um dos assuntos mais polêmicos abordados foi o artigo publicado pelo jornal O Estado de São Paulo em que se dizia haver um risco de apagão de 50% em 2007 com base em simulações feitas pelo mercado, a partir das novas regras que serão definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para calcular qual é o real risco de falta de energia no País. A Aneel deverá tirar dessa conta as usinas termelétricas que não estão conseguindo gerar energia por falta de gás natural. A notícia foi desmentida pelo Ministério de Minas e Energia em nota posterior, onde afirma que a dificuldade no suprimento de gás a algumas termelétricas, ocorrida em setembro, que comprometeu a geração de energia por essas usinas, "referem-se a situação conjuntural e ações já foram tomadas para garantir sua normalização". "Apesar de o fornecimento de gás da Bolívia para o Brasil ainda não estar totalmente normalizado, a Petrobras vem tomando todas as medidas necessárias para contornar as restrições decorrentes dos danos nos gasodutos causados pelas chuvas", diz a nota, acrescentando que esses problemas técnicos devem ser solucionados no próximo mês.
Fontes de Energia Como se sabe, as fontes de geração de energia elétrica atualmente são hidráulica, biomassa (bagaço de cana, etanol, etc), carvão mineral, nuclear, gás natural e petróleo. Atualmente, aproximadamente 40% da energia no Brasil provém do petróleo, 10% do gás natural, 6% do carvão e o restante de fontes renováveis (carvão, lenha, etc). No seminário chamou-se a atenção para a necessidade do uso de fontes renováveis. Destacou-se que o país possui todas as condições necessárias para a utilização da bioenergia: condições naturais favoráveis, tecnologia desenvolvida (etanol, açúcar, etc) e custo de produção relativamente baixo (o custo de produção do etanol - US$/ litro foi mensurado entre 0,22 e 0,28 no Brasil enquanto nos EUA é de 0,30 a 0,33). O segundo painel que falava da Matriz Energética brasileira enfatizou a necessidade do aproveitamento destas fontes renováveis, porém também falou da dificuldade do governo brasileiro em popularizar as tecnologias desenvolvidas aqui nos países do exterior.
Nem tudo são flores... O deputado José Carlos Aleluia que integrava o último e mais polêmico dos painéis, o de Competitividade e Crescimento, falou sobre os problemas enfrentados pelo setor: falta de comunicação com a sociedade, velocidade muito lenta das ações do governo e falta de investimento em hidroelétricas foram os pontos citados. Quanto à falta de comunicação com a sociedade, o deputado referia-se à necessidade das empresas do setor serem mais bem-vistas, desenvolvendo programas sociais. Uma empresa exemplar neste quesito é a CEMIG, indicada por 7 anos consecutivos ao Dow Jones Sustainability World Index. Quanto à indústria, as maiores reclamações são em relação aos encargos cobrados, causando diminuição da competitividade em relação ao exterior.
E agora? Algumas sugestões! Bom, não adianta nada reclamar sem sugerir soluções! O seminário também serviu para levantar algumas ações corretivas como: disciplinar encargos setoriais, realinhamento tarifário, opção pela hidroeletricidade, legislação ambiental, eliminação de obstáculos regulatórios para investimento em autogeração, entre outros. A maior preocupação por parte dos órgãos governamentais sendo a mudança para fontes de energia renováveis e para a indústria, o foco em diminuição de tributos.
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Wednesday, October 25, 2006

O voto afetando o microempresário

Eu escrevi este breve artigo há algum tempo com o intuito de relacionar a Economia ao empreendedorismo no Brasil. Está baseado no estudo do SEBRAE intitulado “Sobrevivência e mortalidade das empresas paulistanas de 1 a 5 anos” que nos ajuda a entender a importância do desenvolvimento da Economia nos pequenos negócios. A cada ano, somente no Estado de São Paulo, são fechadas cerca de 78 mil novas empresas, acabando com 281 mil empregos. A boa notícia é que há quatro anos, a taxa de mortalidade dessas empresas era de 71% e hoje é de 56%. Isso indica que as ações em prol dos pequenos negócios como programas de estímulo ao empreendedorismo e outras políticas de apoio ao segmento têm funcionado no Estado. Mais do que isso, indica também que nossa Economia em geral está melhorando.

Para que você entenda a importância do governo eleito, vejamos um exemplo. Ainda no estudo do SEBRAE, perguntou-se aos empreendedores que tiveram que fechar capital, qual teria sido o auxílio mais útil para evitar o fechamento (note que podiam ser dadas mais do que uma resposta). O resultado foi o seguinte:
  • Menos encargos e impostos (31%)
  • Consultoria empresarial (31%)
  • Melhora na Economia (30%)
  • Empréstimos bancários (19%)
  • Nenhum (17%)
  • Outros (10%)
  • Não sei (3%)

Notamos que duas respostas estão diretamente correlacionadas à Economia e aos próximos políticos a serem eleitos (não estamos falando somente de governo federal, mas também do estadual): impostos e melhora na Economia. Claro, não é só isso que vai decidir se seu empreendimento vai dar certo ou não, mas afeta grande parte dele. Os empreendedores reclamam da insuficiência de políticas de apoio (peso dos impostos, burocracia, falta de crédito e de política de compras governamentais) e do baixo desempenho da economia, gerando baixa demanda e concorrência forte.

Quando você for votar no próximo presidente ou governador, não se esqueça de tudo isso que falamos. Os governantes do país devem ter planos para manter a Economia aquecida e a inflação controlada. Parece fácil mas, acredite, não é. Lembre-se que os políticos devem ter planos bem definidos, assim como aquele que você fez para abrir seu negócio. Vote consciente, pois isso afeta seu negócio.


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Tuesday, October 24, 2006

MP do Bem



Recente artigo publicado no jornal Valor Ecônomico mostra que a venda de PCs para as classes C e D aumentou significativamente este ano, graças à queda nos preços praticados no varejo em cerca de 17% e ao aumento do crédito para a aquisição de computadores pessoais, o que contribuiu para os resultados de empresas como: Amazon PC, Positivo e mais recentemente, CCE, que focaram suas estratégias de mercado na conquista do chamado "consumidor de baixa renda".
Tal fator foi possível principalmente após a aprovação da "MP do Bem", que reduziu a carga tributária sobre a indústria da informática e proporcionou uma diminuição no preço médio dos microcomputadores de configuração mais acessível ao consumidor final.

Os benefícios que inicialmente se mostraram mais evidentes na indústria do "hardware", começam a se estender para outros segmentos relacionados a tecnologia da informação, como os provedores de acesso à internet, empresas de comércio eletrônico, anunciantes, agências de propaganda, entre outros. Alguns exemplos para exemplificar esses dados:

A consultoria sobre comércio eletrônico e-bit divulgou no mês de setembro dados sobre a participação da "Classe C" no comércio eletrônico brasileiro: Segundo o estudo, o crescimento no varejo "on line" se deu mais fortemente entre os consumidores com renda mensal entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00. Em 2001, as pessoas com renda até R$ 1.000,00/mês representavam cerca de 6% do total de transações de comércio eletrônico geradas na web brasileira, enquanto aqueles com renda entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00 foram responsáveis por cerca de um terço das vendas realizadas na rede. Em 2006, esses números cresceram para 8% e 37%, respectivamente, enquanto que, entre os consumidores com renda entre R$ 3.000,00 e R$ 8.000,00 se registrou uma queda de aproximadamente 2% no volume de transações no período.
Outro fator que mostra a mudança no perfil dos consumidores é a escolaridade dos usuários: A participação dos consumidores com curso superior ou pós-graduação caiu 2 pontos percentuais, ao passo que entre aqueles com apenas o ensino médio se notou um forte crescimento, contribuindo para a comercialização de produtos com "tíquete médio" de cerca de R$ 30,00 (CDs, DVDs, livros e cosméticos), que impulsionaram ainda mais o crescimento de sites como Submarino e Americanas. com, que juntos movimentarão este ano algo em torno de 2,2 bilhões de reais.
Outro dado que mostra essa nova realidade são os números apresentados pela e-bit sobre os resultados das vendas do Dia das Crianças realizadas pela internet, com um crescimento de 80% sobre o volume no mesmo período do ano passado.

Quem também vem se beneficiando desta situação são os provedores de acesso via banda larga, que em 2006 registram crescimento constante em sua base de assinantes, como a Telefónica com o serviço Speedy, que já responde pela liderança no mercado de São Paulo, oferecendo alguns pacotes de acesso diferenciados, através de planos de assinatura com valores reduzidos, embora ainda a oferta desse serviço não esteja disponível em muitos dos bairros periféricos das cidades em que o Speedy é oferecido, mas isso com certeza mudará em breve, já que a procura pela "internet de alta velocidade" vem crescendo muito entre os internautas da Classe C.

Esta situação não vem passando desapercebida às agências de publicidade, que já notaram o aumento da audiência nos grandes portais e nos sites de diversos anunciantes, principalmente àqueles com conteúdo multimidia, o que comprova o crescimento no acesso de banda larga por parte dos internautas brasileiros. Diante disso, os investimentos em mídia on line tiveram um aumento de 31,85% em relação ao ano passado, chegando a 158 milhões de reais, conforme dados do projeto "Inter-Meios".

O que podemos concluir através dessas notícias ?

Que o brasileiro de baixa renda está se "informatizando" e se qualificando para as exigências cada vez maiores do mercado de trabalho ?

Que o Brasil vem democratizando o acesso à informação para o cidadão de baixa renda, através do acesso facilitado à computadores e à internet ?

Que as empresas já perceberam que a internet é um excelente local para se fazer negócios, vender e se relacionar com seus clientes e quem não investir em e-commerce e e-marketing deverá ser "deletado" do mercado ?

Que reduzindo impostos e permitindo que as empresas trabalhem num ambiente de competição saudável todos só tem a ganhar ?

Se você disse sim para todas, então você pensa como eu. Queira Deus que o próximo presidente, seja quem for, também pense assim.

Saturday, October 21, 2006

Offshoring

Faz alguns dias que eu li um artigo na computerworld sobre uma empresa de tecnologia brasileira que fechou um contrato para atender empresas alemãs na produção de software. Vi isto com muito bons olhos pois é um caminho com grandes possibilidade de se realizar bons negócios para o Brasil. É um nicho que outros países em desenvolvimento também vêm buscando, mas que necessita de investimentos tanto do lado do Governo (educação, incentivos fiscais, propriedade intelectual), quanto do lado da iniciativa privada, capacitando seus colaboradores e se adequando a metodologias que focam organização, processo e qualidade para atender um mercado muito exigente. Esta modalidade de negócios é conhecida como offshoring, que vou explicar mais adiante.


Offshoring

Pode ser definido como uma recolocação de processos de negócios de um país para outro. E pode ser tanto para o processo de produção e/ou manufatura, quanto serviços. Muitos países tem atraído e vistos como destinos para offshoring, como a China e a Índia. A China principalmente em processos de produção e a Índia em processos de serviços, com destaque para fábricas de softwares e call centers. Como todos sabem, existe o preço chinês que faz com que os olhos brilharem das grandes empresas do mundo desenvolvido. A lógica por trás está sempre na redução de custos. Segundo Thomas Friedman (O Mundo é Plano) offshoring é uma das grandes forças niveladoras do mundo, movimentando bilhões de dolares nestes "paraísos" de fábricas de mão-de-obra barata e altamente qualificada. Por outro lado, é grande oportunidade para países gerarem novos negócios tanto do lado país contrante e país contratado, se é que podemos pensar assim. Novos empregos são gerados, pessoas se tornam melhor qualificadas e preparadas para lidar com culturas diferentes. Isso também faz com que postos de trabalho migrem do país desenvolvido para o país em desenvolvimento, por vários motivos, mas o principal sem dúvida será o cuso geral de se manter uma mão-de-obra (salário, leis trabalhistas, sindicatos, etc.)

Propriedade Intelectual

No Offshoring ocorre um processo de transferência de informações valiosas para o site de offshore, isto é, se fosse uma empresa brasileira, teríamos funcionários daqui produzindo resultados comparáveis aos da matriz em seu país. Isto inclui a transferência de materiais, como documentos confidenciais e segredos comerciais, protegidos por leis que asseguram sua propriedade intelectual, desde que o país respeite as mesmas.

Cenário Brasil

O mercado de terceirização de TI no modelo offshore vai movimentar 29,4 bilhões de dólares até o ano de 2010, impulsionado principalmente pela demanda norte-americana, aponta pesquisa da IDC.Segundo o levantamento, haverá um foco crescente na oferta de serviços que contribuem com relações operacionais e estratégicas entre clientes e fornecedores. A competição crescente vai exigir que os fornecedores façam investimentos significativos para se diferenciar nesse mercado.
Os executivos à frente das subsidiárias brasileiras de grandes organizações são unânimes ao afirmar que o Brasil está sim entre os países emergentes com maior potencial de crescimento no setor de tecnologia da informação (TI). E mais: é destino certo de investimentos estrangeiros. No entanto, especialmente quando consideramos o noticiário do dia-a-dia, que anuncia investimentos de centenas de milhões de dólares destinados aos países asiáticos, o que vem à cabeça é que a visão desses profissionais estaria contaminada por doses excessivas de patriotismo.

Brasil, Rússia, Índia, China - BRICs

De fato, em 2003, o Goldman Sachs criou o termo BRIC para referir-se às economias de Brasil, Rússia, Índia e China. No estudo que difundiu a terminologia, a consultoria mapeou suas economias até 2050 e concluiu que, se elas se comportassem como esperado, em menos de 40 anos, somadas, seriam maiores do que as de Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França e Itália (países que compõem o chamado G6) juntas. Conforme a previsão, o Brasil representaria a 5ª maior economia mundial

O Brasil está no fim da fila (BRIC) como destino de investimentos. Está a frente da Rússia, porque lá o crime organizado consegue ser pior do que o nosso.
Talvez a nossa vontade de ver a "coisa acontecer" aqui pulse mais forte dentro de alguns executivos. Resta agora esperar que a realidade que ainda mantém o País entre os pólos de investimentos, mesmo que reduzidos, ganhe a maturidade necessária para fazer do Brasil referência em exportação de TI. E que seja feita nossa vontade.
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Wednesday, October 18, 2006

Privatização da Telebrás

Nos últimos dias tem corrido um boato envolvendo o candidato Geraldo Alckmin e supostas privatizações aos quais ele daria andamento se eleito. Nessa história toda, surgiram boatos de que seriam privatizados a Petrobrás, os Correios, o Banco do Brasil e a Caixa. O candidato desmentiu a história e acrescentou: "A única coisa que realmente vai acabar é a 'mentirobrás' do Lula. O que vemos são ministros se transformando em boateiros e o presidente da República falando mentira." Polêmicas à parte (não estamos aqui para dizer quem mente ou quem diz a verdade), o tema "privatização" é um tópico mais do que interessante para o blog e resolvi falar de uma das mais polêmicas delas: a da Telebrás.

Telebrás O candidato Lula, em entrevista ao jornal O Globo, condenou a privatização da Telebrás e da Vale. Antes da privatização, toda a infra-estrutura de telefonia e transmissão de dados do Brasil era controlada pela Telebrás. O processo de estatização culminou com a consolidação de empresas estaduais de telefonia (um monopólio para cada estado da federação) interconectadas pela Embratel. Desde então e até 1998 esse setor econômico ficou nas mãos de um gigantesco monopólio estatal totalmente verticalizado, que incluia o controle e regulamentação dos serviços em uma única “holding”. A privatização do Sistema Telebrás ocorreu no dia 29 de julho 1998 através de 12 leilões consecutivos na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro – BVRJ, pela venda do controle das três holdings de telefonia fixa, uma de longa distância e oito de telefonia celular, configurando a maior operação de privatização de um bloco de controle já realizada no mundo. Com a venda, o governo arrecadou um total de R$ 22 bilhões, um ágio de 63% sobre o preço mínimo estipulado. Até a privatização, o poder do setor estava centrado no Ministério das Comunicações, organismo controlador da Telebrás e da empresa estatal de correios (EBCT).



Anatel A preparação legal para o processo de privatização culminou com a Lei Geral das Telecomunicações, de 1997. Uma das mudanças significativas na estrutura de regulação e controle foi a criação da Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel (outubro de 1997), órgão regulador federal das telecomunicações concebido nos moldes da Federal Communications Commission (FCC) dos EUA. A deterioração dos serviços, particularmente de telefonia, combinada com a impossibilidade na prática de obter melhora de serviços através de ações legais dos consumidores - havia uma única empresa provedora de serviços, que também era a reguladora da concessão - favoreceu os argumentos pró-privatização. Com a privatização, o papel fundamental da Anatel passou a ser o de regulamentação, outorga e fiscalização de serviços de telecomunicações no país. As concessionárias passaram então a responder perante a Anatel pela qualidade dos serviços e pelas metas estabelecidas nos contratos de concessão. Estão entre as determinações nos contratos: prazo de 18 meses a partir da aquisição para cumprir as novas regras; qualidade de serviço consistente com padrões internacionais até o ano 2000 (incluindo a instalação de linhas fixas residenciais em até 72 horas da solicitação do cliente); metas de instalação de terminais telefônicos compatíveis com a missão de serviço universal quantitativamente definidas ano a ano; redução progressiva de tarifas, com queda expressiva prevista até 2005. Não é surpresa saber que uma das tarefas da Anatel tem sido multar as concessionárias por não cumprimento das metas de qualidade e extensão dos serviços.



Conclusão A privatização da Telebrás é um exemplo de sucesso, mas deve-se a fatores específicos: a criação de um órgão regulador independente (Anatel) foi fundamental neste processo. Cabe lembrar também que a privatização não acabou com os problemas da telefonia (tanto que estas empresas são campeãs de reclamação do Procon) mas melhorou consideravelmente a situação do consumidor. Quem se lembra que as linhas telefônicas custavam 5.000 dólares? Telefone fixo era um item de luxo. Hoje, todo mundo tem seu celular. Difícil é imaginar como seria se a Telebrás ainda existisse...




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Friday, October 13, 2006

Publicidade em São Paulo. Quem está está com a razão ?


Foi recentemente aprovado pela Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo o projeto de lei que proíbe toda e qualquer publicidade externa, incluindo outdoors, painéis, frontlights, placas em ônibus e taxis, entre outras modalidades de propaganda em espaços públicos, já à partir de janeiro do próximo ano.

Bastante polêmica, essa decisão promete varrer do mapa a chamada “poluição visual”, provocada pela publicidade indiscriminada, realizada na cidade. Muito comemorada por urbanistas e arquitetos, que consideram as mensagens publicitárias entre as maiores responsáveis pela degradação do espaço público nas ruas de São Paulo, essa nova lei promete ainda muita polêmica até sua efetiva aplicação no ano que vem, pois, se de um lado há o apoio por parte destes profissionais, além de alguns setores da imprensa e da opinião pública, por outro, profissionais do setor de propaganda e marketing prometem reagir, indo à justiça contra o que alegam ser uma “decisão autoritária e inconstitucional”, tendo inclusive o apoio de alguns importantes juristas nesta posição.

Polêmicas à parte, não podemos negar que a adoção dessa regulamentação, se realmente levada à cabo, poderá ajudar a cidade a ficar mais limpa e bonita. Alguns lugares em São Paulo realmente sofrem com a quantidade excessiva de material publicitário, como por exemplo, a Marginal Pinheiros, tomada por todo o tipo de cartazes, outdoors e painéis, apresentando toda a sorte de campanhas publicitárias, criando em alguns casos um resultado, no mínimo, questionável, quanto à eficácia dos resultados obtidos.

Alguns estudos já comprovaram que a superexposição de uma mensagem publicitária perde seu efeito, pois quando repetida em excesso, se torna “lugar comum” na mente do consumidor, chegando a casos extremos, ser repelida pelo público, criando um efeito contrário ao pretendido pelo anunciante. Certamente os publicitários e profissionais de marketing terão um grande desafio a enfrentar, caso fiquem impedidos de veicular suas campanhas em espaços públicos, o que levará a procura de alternativas que supram a necessidade dos anunciantes por divulgação de suas marcas e produtos.

No entanto, não podemos negar que em alguns casos, a propaganda é benéfica, criando inclusive, um vínculo do anunciante junto à população. Vejam o caso, por exemplo, do famoso relógio do Banco Itaú, afixado no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, já há muitos anos uma referência na região e para muitos, um marco na cidade.

Pois em uma de suas edições, a revista Veja São Paulo informa que tão logo a proibição à propaganda urbana entre em vigor, o Itaú deverá retirar seu logotipo do relógio, ou seja, apenas a propaganda deverá sair, o relógio poderá continuar onde está. Mas será que o banco Itaú concordará em pagar pelo seu patrocínio se não puder, de alguma forma, exibir junto sua marca?
Essa é uma provável conseqüência que teremos na cidade com a efetivação dessa norma: a retirada dos chamados “apoios da iniciativa privada” na manutenção de espaços pertencentes à administração municipal, pois nenhuma empresa, por mais politicamente correta que seja, investe em algo que não ofereça algum tipo de retorno. E nesse caso, é praticamente certo que muitas empresas abandonarão projetos de apoio à manutenção destas áreas, pela perspectiva negativa de retorno publicitário.

Além disso, devemos levar em consideração que esta lei atinge mais fortemente as empresas devidamente estabelecidas e que trabalham dentro da lei, pois aquelas que agem de forma irregular e clandestina já desrespeitam há muito tempo as atuais normas municipais existentes e certamente continuarão a fazê-lo na nova lei.

Outro ponto importante a se pensar é a questão social e do emprego, uma vez que milhares de pessoas dependem desta atividade para continuar trabalhando e sem poder funcionar na cidade, as empresas de mídia exterior fatalmente reduzirão ou mesmo encerrarão suas atividades e consequentemente, demitirão pessoal, aumentando ainda mais o número de desempregados na região metropolitana da Grande São Paulo.

Também devemos nos questionar se a poluição visual em São Paulo é provocada apenas pela publicidade realizada à céu aberto, pois no meu entender, pixações, lixo jogado na rua, parques e praças, calçadas quebradas e buracos também agridem a paisagem urbana e já poderiam estar sofrendo algum tipo de intervenção por parte da Prefeitura, sem a necessidade de adoção de nenhuma lei.

Por último, uma informação: Tão logo entre em vigor a nova legislação, a Prefeitura promete enviar um novo projeto para a Câmara, regulamentando as novas normas para a realização de publicidade na cidade, limitando sua veiculação no chamado “mobiliário urbano” (pontos de ônibus, placas de rua e demais espaços administrados pela administração municipal), com a abertura de uma nova concorrência, onde uma única empresa vencedora ficará responsável pela exploração comercial destes locais em toda a cidade.
Conhecendo o que conhecemos dos nossos governantes, devemos acompanhar muito de perto o desenrolar dessa história, que ainda terá muitos capítulos pela frente

Wednesday, October 11, 2006

Tudo está na expectativa!

O norte-americano Edmund S. Phelps foi o vencedor do Prêmio Nobel de Economia deste ano. Só por curiosidade, o Prêmio Nobel foi instituído por Alfred Nobel em seu testamento e premia pessoas que fizeram pesquisas importantes, inventaram técnicas pioneiras, ou deram contribuições destacadas à sociedade nas áreas de Literatura, Física, Química e Medicina. "Espera um pouco" - pode perguntar o leitor incauto. "E o Prêmio Nobel de Economia?" O Prêmio Nobel de Economia é assim chamado pois originalmente criado pelo Sveriges Riksbank (o Banco Cetrnal da Suécia) com o nome de Prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel. Este prêmio não é pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas sim com dinheiro público do Banco Central da Suécia. Este ano, Phelps levou o modesto prêmio de 1 milhão e 400 mil dólares.

Ele venceu o prêmio deste ano por sua análise na área de política macroeconômica, especialmente o estudo da relação entre inflação e expectativa de desemprego. A Real Academia de Ciências da Suécia destacou que o trabalho do professor da Universidade de Columbia contribuiu substancialmente para a melhor compreensão da relação entre os efeitos de curto e longo prazo da política econômica. "Ele enfatizou não somente a questão inflação e desemprego, mas principalmente questões sobre a distribuição do bem estar social ao longo do tempo" - afirmou o comitê do Prêmio.

Consumo atual e das futuras gerações A pesquisa de Phelps demonstrou que, embora o emprego, preços estáveis e rápido crescimento sejam objetivos primordiais para uma economia política, é necessário se considerar um trade-off entre o consumo atual e o de futuras gerações. Phelps demonstrou que as possibilidades de políticas de estabilização no futuro dependem nas decisões atuais: baixa inflação hoje leva a expectativas de baixa inflação no futuro, dessa maneira, facilitando a formulação de políticas no futuro. As baixas taxas de inflação atuais da economia americana influenciam decisões futuras de setor privado, levando a uma expectativa de menor de inflação no futuro.

Phelps e Philips No blog Marginal Revolution, Tyler Cowen afirma que a maior contribuição de Phelps é uma melhor compreensão da já conhecida curva de Philips e as dinâmicas de desemprego de curto prazo. A Curva de Philips original, elaborada por A.W. Philips demonstrava existir uma correlação negativa entre desemprego e inflação. Ou seja, quanto mais alta a taxa de desemprego, menor a taxa de inflação. Ou, em outras palavras, o preço de uma taxa de desemprego reduzida é o aumento da inflação. Phelps desafiou esta visão ao realizar estudos mais embasados sobre a determinação de salários e preços, levando em conta problemas de assimetria de informação na Economia. Agentes individuais teriam informação incompleta sobre a ação de outros e precisam embasar suas decisões em expectativas. Phelps, então formulou a chamada "expectations-augmented Phillips curve", segundo o qual a inflação depende igualmente das expectativas de inflação e desemprego.

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Saturday, October 07, 2006

Lula x Alckmin, o que acontecerá na nossa Economia afinal?

Não teve como fugir do assunto, o que todo mundo está comentando, em todas as conversas desde o escritório até a rodinha no bar é a mesma: quem será o novo Presidente do Brasil? Segundo a pesquisa do Datafolha publicada ontem, dia 06 de outubro de 2006, considerando apenas os votos válidos (excluídos votos nulos, em branco e os eleitores que se declaram indecisos) Lula tem 54% e Alckmin 46%. A pesquisa Datafolha ainda mostra informações interessantes sobre o perfil das pessoas que votam em cada candidato:

  • Lula atinge 57% das intenções de voto entre os eleitores que têm até o ensino fundamental e Alckmin, somente 36%. Os eleitores que têm escolaridade média se dividem: 48% votariam Alckmin e 45%, Lula. Já a maioria (56%) dos eleitores com escolaridade superior prefere o tucano; Lula tem 35% dos votos entre os mais escolarizados;

  • Lula lidera com folga entre os eleitores com renda familiar mensal até dois salários mínimos: nesse segmento, ele tem 59% das intenções de voto contra 34% de Alckmin. No entanto, à medida que aumenta a renda do eleitor, Alckmin passa à frente: 49% a 45% entre os que têm renda entre dois e cinco salários mínimos, 51% a 41% entre os que têm rendimentos entre cinco e dez salários e 69% a 24% entre os que ganham mais de 10 salários mínimos;

  • Para quem acha que o Lula vence devido ao fator "Nordeste" e o Alckmin ao fator, "São Paulo", vai perceber que essas regiões têm, sim, fator fundamental na decisão: entre os eleitores do NE, Lula tem 67% das intenções de voto e Alckmin, 28%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste o resultado é similar ao verificado entre o total de brasileiros: 50% pretendem votar pela reeleição do atual presidente e 44% no candidato do PSDB. No Sul, Alckmin fica 24 pontos à frente de Lula (57% a 33%) e no Sudeste ocorre empate (47% para o peessedebista, 45% o petista).

E o que o mercado financeiro acha disso tudo? No blog do Fernando Rodrigues no UOL, ele comenta sobre a expectativa dos dados desta pesquisa do Datafolha no mercado financeiro. Ele chama atenção ao boletim emitido pela Merrill Lynch a seus clientes, onde o Banco afirma que a pesquisa, juntamente com o debate de domingo entre Lula e Alckmin na Band são fatores fundamentais a se considerar. No entanto, como já falamos anteriormente, o mercado financeiro não demonstra grandes preocupações com quem será eleito, como o ocorrido quando da eleição do atual presidente Lula.


E as provas? Bom, não adianta apresentarmos certezas sem mostrar os fatos, certo? Lendo o site da Veja Especial sobre as eleições encontrei um comparativo muito interessante sobre as propostas na Economia dos dois candidatos que nos esclarece muita coisa sobre o assunto. Primeiro, a revista apresenta um comparativo entre o que Lula prometia em 2002 e o que atingiu durante seu governo:

O que prometia em 2002:

  • Crescimento do PIB na faixa dos 5% ao ano;
  • Preservar o superávit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública), reduzindo e relação dívida interna/PIB;
  • Reduzir a vulnerabilidade externa e os juros;
  • Respeitar contratos internacionais.


O que está fazendo agora:

  • Conforme dados do IBGE, o PIB cresceu 0,5% em 2003, 4,9% em 2004 e 2,3% em 2005. Em 2006, não deve chegar a 4%;
  • O governo superou as metas de superávit previstas;
  • A divida interna e o Risco Brasil caíram, mas os juros continuam elevados;
  • O governo não quebrou contratos firmados anteriormente.

Passado é passado. A questão é: e daqui em diante? O presidente Lula segue planejando reduzir a relação dívida pública/ PIB, aprofundar o processo de redução da taxa de juros para que o PIB apresente um crescimento maior, elevar os investimentos federais a 25% do orçamento (também com o intuito de promover o crescimento econômico) e promover a desoneração tributária.

Alckmin, por outro lado, planeja promover um crescimento de 5% a 6% ao ano baseado no corte das despesas dos governos federal e estaduais, da redução da taxa de juros, da redução dos números de ministérios e da demissão de funcionários contratados pela atual administração, bem como resgatar a capacidade do investimento do Estado e do setor privado.

Ambas as plataformas parecem, quanto à questão econômica, focar no crescimento econômico. O que difere um do outro é a maneira como pretende chegar lá, embora as ferramentas também tenham vários pontos em comum: diminuição dos gastos públicos e taxa de juros, reforma tributária. Não é à toa que o mercado financeiro não está prreocupado com o resultado da eleição. Deixo aqui somente uma questão para o eleitor preocupado com o desenvolvimento da Economia brasileira: será, realmente, que estamos imunes a crises de credibilidade, independente do candidato que for eleito?


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Thursday, October 05, 2006

Investimento de Risco?

Falar em risco nos investimentos é como falar de um bicho de sete cabeças para muitas pessoas. Isto tem suas lá suas razões de existir, mas não se sustenta. A Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) é uma prova disso. Com bons resultados no longo prazo e facilidade de acesso ao investimento e suas informações, tem crescido muito entre pessoas físicas e jurídicas. E segundo analistas, há espaço para crescer mais...

Mas como poderíamos definir o mercado de ações e seus riscos?

O mercado de ações é um investimento de renda variável e tem mesmo uma pitada de risco, porque quando você compra uma ação, compra um pedaço da empresa que pode ou não ter sucesso. Tudo vai de como a mesma será gerida, dos investimentos que vai realizar, das metas para os próximos anos, do segmento econômico ao qual pertence etc. O risco está inserido em todos esses fatores. Se há uma crise no país, por exemplo, as empresas vão passar por uma desconfiança. Se você investe em uma empresa de construção civil e ela tem um provlema com um dos empreendimentos, também poderá haver desvalorização nas ações. Isso não quer dizer será para sempre.

Mas as pessoas temem oscilações

As quedas diárias refletem um momento, e não podem ser fator de desespero. Quando o mercado de ações cai, todo mundo se assusta e ao invés de comprar as ações que ficam mais baratas, elas saem vendendo e realizam prejuízo! O risco para o brasileiro ainda assusta. Mas esse temor vem caindo devido a um trabalho da Bovespa de educação e popularização dos conceitos do mercado de ações.

Como tem sido a participação das pessoas físicas nesse mercado?

Uma pesquisa realizada em 93 e 94, que perguntava o que era longo prazo, obtinha uma resposta de 3 meses. Por isso o mercado de ações não fazia parte da agenda das pessoas físicas e também porque está ligado ao planejamento do investimento de longo prazo. A mesma pesquisa realizada em 2002, o longo prazo para nós, passou a ser 7 anos. Cresceu porque hoje você tem estabilidade. Antes, convivíamos com uma inflação alta. Para proteger o dinheiro do dia a dia. em 2002, o volume diário era de 350 milhões de reais na bolsa, e hoje é de 2,5 bilhões. A participação de pessoas físicas nesse mercado era de 12% a 15%. Hoje é de 25% a 28%. A porcentagem já é muito boa, mas tem potencial para crescer mais.

E o que falta?

As pessoas podem participar por meio de clubes de investimentos de pessoas conhecidas, que investem um "X" de reais mensalmente na bolsa. Outra maneira, seria através de fundos de ações e fundos de pensão. As pessoas tem grande vontade de participar, mas falta entenderem o processo. O mercado de ações não é a única maneira de se investir. E não seria bom colocar todos os ovos numa cesta, mas diversificar aplicações. Você pode criar um "mix", onde existam aplicações em renda fixa, poupança, fundos, e ações. Quando a taxa de juros é alta, a renda fixa remunera bem, porém, quando a renda fixa cair, você precisa ter uma alternativa de investimento que te garanta.
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Monday, October 02, 2006

Expomoney São Paulo - Educando Investidores


Eleições Essa semana está extremamente movimentada, principalmente com a primeira etapa das eleições no domingo passado. As notícias do dia se referem ao segundo turno entre Lula e Alckmin. O atual presidente recebeu praticamente 47 milhões de votos representando 48,61% dos votos válidos e Geraldo Alckmin, 40 milhões de votos representando 42,64%. Um resultado impressionante, com Lula, como as pesquisas já indicavam, vencendo o concorrente nas regiões Norte e Nordeste principalmente.


Particularmente aqui em São Paulo, as rádios comentavam a decepção do candidato Mercadante com seu resultado. Resultado este que ele atribui em grande parte ao escândalo ocorrido nos últimos meses onde representantes petistas estavam envolvidos na compra de fotos que suspostamente incriminavam o candidato Serra do PSDB. Conforme apurado pela rádio Jovem Pan, Mercadante, na última eleição havia conseguido 10 milhões de votos e nesta teve somente 6 milhões. Mesmo o senador Eduardo Suplicy se surpreendeu com o desempenho do candidato Guilherme Afif do PSDB que começou sua campanha há pouco mais de um mês antes das eleições.


Expomoney Bom, mas não estou aqui para falar de eleições, mas sim de um evento ao qual tive oportunidade de participar na semana passada, a Expomoney. Este evento é gratuito e aconteceu no Centro de Convenções Frei Caneca aqui em São Paulo. Foram 3 dias de palestras para discutir os diversos investimentos existentes no mercado financeiro: de mini-contratos a opções e hedge. Para quem gosta do assunto, pôde além de visitar os estandes de corretoras como a Fator, Planner, Itau, Bradesco, Banif aprender um pouco sobre o mercado de ações. Eu tive a oportunidade de assistir algumas palestras sobre perspectivas da Economia para o próximo ano. As corretoras acreditam que haverá crescimento econômico para o próximo ano e que as eleições não devem afetar o mercado financeiro, independente do candidato que vencer. Isso está claro, afinal o presidente Lula (afora os ocorridos escândalos de corrupção) manteve a Economia estável e seguiu a cartilha do desenvolvimento conservador.


De olho nos americanos Uma das palestras mais interessantes que assisti foi a de Flávio Conde, professor do Ibmec e estrategista da Itau Corretora. Ele alerta os investidores a prestarem atenção principalmente no preço do petróleo (por afetar não somente a indústria do petróleo, mas inúmeras outras empresas), a atividade financeira americana (aumento dos juros ou redução de juros) e a inflação no varejo americano. Você pode estar se perguntando agora: por que tanta preocupação com o mercado americano? Primeiro, os grandes investidores da Bolsa brasileira são os estrangeiros. Segundo, o que acontece nos EUA afeta sobremaneira o que acontece no Brasil, principalmente após o início da globalização na déca de 90. Não há como ganhar dinheiro sem saber o que acontece principalmente nos EUA e nos países emergentes. Terceiro, o consumidor americano consome de tudo. Por isso o índice de varejo americano é tão importante, pois é ele que afeta o crescimento da indústria mundial.


Concluindo As perspectivas no geral eram positivas e as previsões é que a Bovespa feche o ano em torno de 32.000 a 35.000 pontos. As corretoras, como já era de se esperar em um evento como este, acreditam que a Economia vá crescer no próximo ano, independente do presidente e sinalizam bons ganhos em ações para 2007.


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