O assunto em voga na quarta-feira dia 30 de agosto, última reunião do Copom antes das eleições, foi o corte da taxa de juros SELIC em 0,5%. A surpresa vem do fato de que o Banco Central havia sinalizado em sua última reunião da ata do Copom, "maior parcimônia" (para quem não entendeu, parcimônia quer dizer moderação). O processo de redução da taxa de juros começou em setembro do ano passado, sendo que na época, a Selic passou de 19,75% para 19,5% ao ano. Embasados na "parcimônia" do governo, analistas projetaram em sua maioria uma queda de 0.5 ponto percentual na SELIC (pesquisa da Reuters na semana passada mostrou que 16 de 20 analistas projetavam redução de 0,25 ponto percentual. Os demais previam corte de 0,5 ponto). O fator que mais justifica o menor conservadorismo do Banco Central é a tendência de queda da inflação que deve ficar abaixo da meta de 4.5% estipulada. DICA PARA O ESTUDANTE:
Este blog também é muito visitado por estudantes de Economia, por isso àqueles que queiram entender um pouco mais sobre os efeitos de uma redução na taxa de juros, segue um trecho de um Especial publicado no site da Folha de São Paulo. Também aconselho o acompanhamento no site do Bacen das atas do Copom e o entendimento do Sistema de Metas de Inflação. Para os economistas ortodoxos, tentar entender como funcionam ferramentas como a IS-LM neste caso.
"A redução dos juros, o Banco Central diminui a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, começa a "sobrar" um pouco mais de dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo.É por isso que os empresários pedem corte nas taxas, para viabilizar investimentos.
Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores. É também por esse motivo que as Bolsas sobem em Wall Street ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair.Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida suga como um ralo o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo."
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