
No meio de um cenário econômico e político, onde China e Índia disputam os holofotes como o sendo os principais mercados em crescimento e foco da globalização e de influência política, poderemos ter nossos quinze minutos de fama! Sim, nós brasileiros! Quando? Analistas dizem que por volta de 2020! Calma pessoal, isto é um cenário de longo prazo, mas vamos analisá-lo para entedermos melhor as possibilidades para que isto venha a ocorrer.
Assim como analistas se referem ao século XX como "o século americano", o começo do século XXI pode ser visto como o momento de alguns países em desenvolvimento - liderados pela China e Índia - chegaram à maturidade econômica. Porém ainda existem uma grande incerteza de como a China e Índia exercitarão seu crescente poder e se relacionarão cooperativamente e competitivamente com outras potências do sistema internacional.
China - problemas econômicos e crise de confiança
A China deseja atingir status de "grande potência" no palco mundial, refletindo no grande impulso econômico que ela trará sobre os países daquela e outras regiões. Os países da Ásia Oriental através de laços econômicos e políticos mais fortes a China, estão se preparando para o evento de uma China mais poderosa. Além disso, a China deverá continuar a fortalecer seu exército, ultrapassando a Rússia e se tornando a segunda maior investidora em defesa, depois dos Estados Unidos. Por outro lado. dificuldades econômicas e crise de confiança podem dificultar a emergência da China como potência global. Isto teria um grande impacto no cenário mundial.
O fracasso do governo chinês em satisfazer as necessidades da população de oferta de empregos poderia detonar dificuldades políticas;
A China enfrentará o rápido envelhecimento de sua população por volta de 2020 e terá de lidar com problemas demográficos. Até então, é pouco provável que o país tenha desenvolvido mecanismos sociais - seguro-saúde, sistema de previdência - característico do Ocidente;
Se sua economia entrar em queda, a segurança regional se enfraquecerá, resultando em instabilidade política, crime, tráfico de drogas e migração ilegal.
Índia - reveses políticos e econômicos
Como a China, a Índia será um polo econômico, e sua emersão terá um impacto não apenas na Ásia mas também ao Norte, bem como no Irã e nos países da Ásia Central e do Oriente Médio. Conforme a economia da Índia cresce, os governos do Sudeste Asiático (Malásia, Cingapura, Tailândia etc.) podem se aproximar da Índia para, juntos, ter um contrapeso geopolítico em relação à China. Além disso a Índia deve fortalecer seu comércio bilateral com a China.
Assim como a China, a Índia pode ter reveses econômicos e políticos com a crescente pressão sobre seus recursos naturais - terra, água e reservas de energia - intensificando na medida que o país de modernizar.
Brasil - o parceiro
O Brasil, bem como outros países como Rússia, África do Sul e Indonésia estão bem colocados para atingir níveis elevados de crescimento econômico, mas com uma influência política menor que a China e a Índia. Este crescimento beneficiará os demais países vizinhos, mas sem alterar o fluxo de poder econômico nas suas regiões - elemento chave na ascensão política da China e Índia.
Muitos especialitas reconhecem o Brasil como um país-pivô, com sua democracia, economia diversificada, população empreendedora, um grande patrimônio nacional e sólidas instituições econômicas. O sucesso ou fracasso do Brasil em equilibrar as medidas econômicas pró-crescimento com uma agenda social ambiciosa, que busca reduzir a pobreza e igualar a distribuição de renda, terá profundo impacto no desempenho econômico e político da região nos próximos 14 anos. A busca por investimentos diretos, pelo desenvolvimento da estabilidade regional e integração da população marginalizada - inclusive com relação ao comércio e a infra-estrutura econômica - continuarão a ser axiomas da política externa brasileira. O Brasil é um parceiro natural, tanto para os EUA e a Europa, como para potências emergentes China e Índia e ainda o país tem potencial para melhorar seu desempenho como exportador de petróleo e de combustíveis renováveis - álcool e biodiesel.