A própria matéria nos dá insight preciosos sobre o que aconteceram nos últimos dias. Os boatos referiam-se aos movimentos na Bolsa que teriam sido causados por fundos de hedge expostos a commodities. "O inverno nos Estados Unidos e Europa está mais quente do que o normal e com isso o consumo de gás natural tem sido bem inferior ao previsto, com reflexo no preço do petróleo e podendo causar fortes perdas para alguns fundos”. O barril de petróleo era negociado na faixa de US$ 55,00, preço extremamente baixo se comparado com os níveis de US$ 70 que chegou a atingir no ano passado. Mas não vamos culpar apenas o preço do petróleo. Outras commodities como cobre e níquel também apresentam níveis de estoque elevado, afetando o valor de empresas de siderurgia e metalurgia.
A divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) também afetou os resultados da Bolsa de São Paulo. A ata demonstrou a preocupação do comitê com a relação a economia dos Estados Unidos, o que causou um movimento de realização dos lucros na Bolsa. Além disso, os dados mais fortes do que o esperado da geração de empregos nos Estados Unidos também abalaram as esperanças de um corte iminente na taxa de juros americana. Dessa maneira, a alta dos títulos da dívida norte-americana contribuiu para a queda maior da Bolsa, sendo que os investidores acabaram migrando para as aplicações de menor risco.
No cenário interno, a divulgação do índice de produção industrial, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que verificou alta de 0,8% situando-se acima das estimativas do mercado, gerou um clima de incerteza com relação a um novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic (13,25%) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Os analistas, no entanto, apuram que não é momento para entrar em pânico. Os movimentos eram na sua maioria esperados e boa parte do resultado na Bolsa é reflexo do que acontece com as Bolsas do mercado internacional.
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1 comment:
Falando sobre commodities...
A produção de petróleo da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve-se estável em dezembro com relação ao mês anterior, segundo a Administração de Informação de Energia do governo dos EUA.
A produção pode recuar a partir de fevereiro, devido ao corte proposto pelos membros da organização, de 500 mil barris ao dia, que deve ser efetivado no primeiro dia do próximo mês.
A instituição também fez projeções para a produção dos países que não participam da Opep neste ano e acredita que a oferta deve aumentar em cerca de 1,1 milhão de barris diários.
Os principais responsáveis por esse aumento são projetos que serão realizados em Rússia, África, Brasil, Estados Unidos e no mar Cáspio.
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