Thursday, February 22, 2007

Biometria - Minority Report?


Vocês se lembram de Minority Report? Lembram das várias cenas onde sistemas inteligentes liam a íris das pessoas e tinham acesso ao seu banco de dados? Outros filmes utilizavam leitura digital da mão ou de um ou mais dedos? A maioria, filmes ficção científica.

O uso de caraterísticas físicas e comportamentais em mecanismos de identificação é conhecido como biometria, isto é, seu corpo é sua senha. E pasmem farão parte do dia-dia nosso ainda este ano (2007). Neste ano, os três maiores bancos privados Itaú, Unibanco e Bradesco utilizarão sistemas biométricos para para reforçar a identificação do usuário, combatendo assim fraudes. Esse sistema também é usado por algumas empresas para logon no Windows ou acesso a determinado conteúdo, por exemplo.

Muitos caminhos a seguir

Bradesco, inaugurou terminais de auto-atendimento com sensores que lêem as veias da mão de seu cliente para evitar crimes. Outros bancos também estão investindo em pesquisa na área, mas tratam o assunto com cuidado estratégico. Por outro lado, o Unibanco fez testes recentes com reconhecimento da íris. E para implementar mecanismos de segurança, os Bancos gastam somas astronômicas. São centenas de milhões de reais investidos para se garantir a segurança. Apenas o banco o Bradesco para citar, investiu R$ 1,5 Bilhão em 2006!


É seguro mesmo?

De acordo com o artigo (veja também), não adiantaria por exemplo, alguém decepar seu dedo ou mão para tentar bular o sistema, pois é preciso que o sangue esteja circulando nas veias para funcionar.

Segundo os dados da International Biometric Group revelam que o mercado mundial de biometria deve movimentar cerca de US$ 3 bilhões em 2007. Em 2012, a cifra pula para US$ 7,5 bilhões, segundo estudos da consultoria, principal referência na área.O relatório aponta ainda quais tecnologias vão liderar o mercado até o final deste ano. O principal faturamento deve vir do reconhecimento de impressões digitais (59%). Identificação por padrões da face (13%) e leitura da íris (5%) vêm em seguida.

Vai uma mãozinha aí?


Veja também:
Caixa eletrônico começa a exigir leitura da mão para evitar fraudes
Entenda o que é e como funciona a biometria

Tuesday, February 06, 2007

PAC-Man

O Programa Aceleração de Crescimento (PAC) - apresentado no artigo anterior neste BLOG até hoje tem causado muita polêmica. Muitos acreditam ser um iniciativa positiva, outros nem tanto. O fato é que o PAC aponta para uma participação massiça do Estado, como um grande investidor. Há uma contradição neste caso, visto que a situação fiscal do governo não é lá estas coisas. De acordo com o professor de economia José Alexandre Scheinkman, o governo deveria ter se concentrado em dar melhores condições para o setor privado participar do processo de investimento no Brasil. É claro que projetos de infra-estrutura devem ter a participação do governo e outros como telecomunicações, quando o governo dá condições mínimas de regulamentação, o setor privado atende as necessidades do País.
De olho nos melhores

Como temos observado em outros artigos publicados em jornais, revistas, livros e no blog café com economia, os governos asiáticos apostaram muito em obras de infra-estrutura no passado e hoje dão sustentação ao crescimento econômico vertiginoso. Basta olharmos para China, e Coréia do Sul por exemplo. E desde os anos 80 o Brasil tem investido muito pouco em infra-estrutura.

A educação também é primordial para preparar o país para o crescimento. Devemos ter escolas de qualidade, do ensino fundamental até as FATECs e universidades. Temos que percorrer o caminho já trilhado por outras nações como Índia, China e Irlanda (polo de tecnologia). Olhar para os melhores e ter a ambição de superá-los e não nos nivelarmos por baixo procurando um contexto ou estigma de latinidade.

O governo gasta muito e mal o seu dinheiro (nosso). Seus gastos tem aumentado, indo na contramão do que deveria ser. A tal reforma fiscal não sai do papel e somada com a ineficiente gestão dos recursos, resta uma conta pesada para se pagar. Nós temos que pagar. Aliás, quem se lembra da CPMF? A cada hora, arranjam um motivo (conta a pagar) para não se extinguir. É um apetite voraz que me lembra o PACMan (game antigo). Isso atua de forma negativa para nosso crescimento, uma vez que somos cada vez mais onerados (pagamos mais impostos).

O Programa de Aceleração do Crescimento é muito pouco para ter impacto na economia, mas o Brasil crescerá. E o mérito será devido ao bom momento da economia mundial. Lembrando que crescer abaixo da média dos países emergentes é submergir. Isto é, estaremos mais pobres, com menos empregos e oportunidades.

Veja também: