Wednesday, August 16, 2006

Petrobrás

Vamos dar uma pausa na macroeconomia e falar um pouco de uma empresa cujas ações quase todo leitor deste blog deve possuir...Hoje, dia 16 de agosto de 2006 saiu uma matéria na Folha de São Paulo cuja chamada é a seguinte: "Petrobrás é a quarta mais lucrativa do setor de petróleo das Américas". Como se sabe, a Petrobrás tem seguido uma trajetória brilhante no mercado. Em abril de 2006 deu início à produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, que permitiu ao Brasil atingir a auto-suficiência em petróleo (vide imagem). Adquiriu recentemente participação adicional de 25% no campo de Cascade e de 26,67% no Campo de Chinook da BHP Billiton situados no Golfo do México. Hoje, está em décimo quarto lugar no ranking das maiores petroleiras do mundo. A empresa teve um lucro líquido no primeiro semestre de nada menos que US$ 6,3 bilhões, lucro este menor apenas do que o da:

  1. Exxon Mobil (US$ 18,760 bilhões)
  2. Chevron Texaco (US$ 8,349 bilhões)
  3. Conoco-Phillips (US$ 8,477 bilhões)

O que dizem os analistas sobre estes números?

Luiz Octávio Broad, analista da corretora Ágora, diz que a estatal foi beneficiada pela apreciação do real ao ter seu lucro convertido em dólar. É que a companhia gera receitas numa moeda que se valorizou ante o dólar, diferentemente das principais concorrentes na América Latina e EUA.

Marcos Paulo Fernandes, da corretora Fator, diz que o bom desempenho da companhia brasileira está relacionado ao acréscimo na produção de petróleo, que sobe em velocidade maior do que em outras empresas.

José Francisco Cataldo, analista do banco ABN Real, considera que o desempenho da empresa só não foi melhor porque a estatal sofreu com paralisações programadas de plataformas no segundo trimestre.

Os analistas ainda confirmam que o lucro poderia ter sido maior se a empresa ajustasse os preços da gasolina e do diesel ao do mercado internacional. O próprio diretor da estatal afirmou que o conjunto dos produtos refinados derivados de petróleo apresenta defasagem de preço no mercado doméstico de mais de 11%. A Folha ainda apurou, por meio da consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura) uma desafagem no preço da gasolina da Petrobrás de 16% e do diesel em 21% em relação aos preços de referência dos EUA.

Para obter maiores informações sobre o plano de metas para 2015 da Petrobrás, leia-o na íntegra em

http://www2.petrobras.com.br/ri/port/ApresentacoesEventos/ConfTelefonicas/pdf/Plano_Estrategico_2015_FINAL_1007.pdf

1 comment:

Marcello said...

Cláudia, a Petrobrás é uma empresa e tanto. Mostra que valeu a pena os investimentos em pesquisa e prospeção do passado, quando diziam que não tínhamos Petróleo!!!
Vou dar uma olhada no Plano de Metas 2015, alinhando com o cenário mundial.
Obs:Também tenho ações dela rs rs rs