Wednesday, May 30, 2007

Biocombustível - Transição ?

Temos acompanhado rescentemente um certo furor quando se fala em biocombustível, como álcool e outros. Mas será a solução final para substituição dos combustíveis fósseis ou apenas como transição para um novo combustível?

De forma sensata e em escala modesta, a queima de madeira ou resíduos agrícolas para obter calor ou energia não é encarado como uma ameaça a Terra, mas devemos ter idéia que a coleta de biocombustível em larga escala é uma ameaça. O biocombustível só é considerado renovável enquanto não exerce nenhum efeito sobre o ciclo natural do carbono. Os biocombustíveis são especialmente perigosos por ser fácil demais cultivá-los em substituição ao combustível fóssil, pois demandam por uma área de terra ou oceano bem maior do que a Terra pode oferecer. Se é perigoso obter energia queimando carbono fóssil em oxigênio fóssil, imaginar que quantidades semelhantes de energia podem ser obtidas, de forma livre e segura, dessa fonte tão aplaudida de energia renovável também é. Temos de descartar o ensinamento antiquado da ciência e religião e começar a ver a superfície de florestas como algo que evoluiu para atender ao "metabolismo" do planeta - algo insubstituível. Já nos apossamos de mais de metade da terra produtiva para cultivar nossos alimentos. Como podemos presumir que o clima na Terra ficará regulado se utilizarmos mais e mais terra, antes florestas, para produzirmos biocombustíveis? Sem contar que a população mundial continua a aumentar e a demandar terra para produção de alimentos.

Por isso acredito que os biocombustíveis deveriam ser encarados como fontes renováveis de transição para uma nova fonte de energia que possa ser largamente utilizada, sem prejuízos ao meio-ambiente como talvez o hidrogênio.
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Saturday, May 19, 2007

O profissional de TI e a sustentabilidade

Faz alguns dias, eu recebi um artigo muito interessante sobre como um profissional TI pode e deve focar suas ações no negócio da empresa, atuando estratégicamente na sustentabilidade da organização. Muitos empresas tem visto ainda o profissional de TI como custo, com foco operacional e/ou apoio, porém saibam que estes profissionais tem muito a contribuir, seja reduzindo inteligentemente o custo, seja aumentando a produtividade ou melhorando a segurança. Custo, produtividade e segurança são detalhes essenciais na gestão com foco em sustentabilidade como veremos no artigo abaixo publicado por Luciano Costa que é publisher da revista Adiante e coordenador do MBA Gestão Sustentável com Tecnologia da Informação da FIAP – Faculdade de Informática e Administração Paulista.


"Uma das principais dificuldades das empresas nesta época de grandes mudanças é a adequação de seus instrumentos e processos à estratégia de gestão. E um dos grandes desafios dos profissionais de Tecnologia da Informação é entender a estratégia e a natureza das organizações. Estudos realizados por instituições como o grupo IT Mídia desde 2002 indicam que a maioria dos CIOs prefere ter ao seu lado profissionais que sejam capazes de analisar o desempenho da empresa, avaliar riscos e participar do planejamento estratégico. Além disso, a própria dinâmica dos negócios, com fortes influências extraterritoriais, faz com que a organização necessite de estruturas ágeis, adaptáveis e sempre voltadas para a inovação. Nesse cenário, naturalmente são reduzidas as oportunidades de evolução para aqueles que se isolam no ambiente do conhecimento específico, acreditando que basta ser eficiente naquilo que faz pontualmente. Para esses, o futuro reserva a repetição de tarefas operacionais, até que seu conhecimento se torne obsoleto e descartável.


O que torna um profissional de TI obsoleto não é propriamente uma eventual limitação para seguir os desenvolvimentos tecnológicos, ou o desinteresse pela inovação, mas a incapacidade de relacionar inovação à sustentabilidade. Pela simples e nem sempre clara razão de que qualquer inovação só agrega valor se contribuir para a sustentabilidade da organização, seja reduzindo inteligentemente o custo, seja aumentando a produtividade ou melhorando a segurança. Custo, produtividade e segurança são detalhes essenciais na gestão com foco em sustentabilidade. Sem essa base, poucas organizações têm chance de sobreviver no atual cenário de competição acirrada e sem fronteiras. No entanto, o que define a sustentabilidade é um conjunto de qualidades muito mais sofisticadas, que para serem desenvolvidas exigem mudanças radicais no modelo mental que predomina tradicionalmente nas organizações.


Um desses modelos é o que define a organização como um ente individual, separado do ambiente físico e social. O atual estado do mundo, afetado por mudanças climáticas, riscos imprevisíveis como o terrorismo, a violência e os conflitos sociais, além das alterações no equilíbrio geo-econômico, exigem uma postura inversa: a organização se torna mais sustentável quanto mais souber se integrar de maneira inteligente e pragmática ao ambiente físico, social e virtual que seus processos e seus produtos ou serviços alcançam.


O americano Steven Rochlin, diretor da consultoria AccountAbility International, observa que as empresas se caracterizam por três estágios em sua capacidade de se integrar ao ambiente global de negócios: pela tomada de consciência do ambiente externo a ela, pela experimentação social e, finalmente, pela integração das relações internas e externas à sua estratégia. Rochlin, cuja organização faz a mensuração de resultados da gestão sustentável, observa que a evolução das organizações nesse processo produz a redução dos riscos e da vulnerabilidade e afeta positivamente o desempenho a médio e longo prazos.


A busca por boas práticas de governança corporativa, as exigências legais e as imposições do mercado quanto à ética nos negócios e à responsabilidade sócio-ambiental não deixam dúvidas quanto à tendência que vem se impondo. Desde os escândalos financeiros da Enron, da WorldCom e da Parmalat, entre outras, não apenas a legislação se tornou mais rigorosa, como o mercado se tornou mais exigente. Ética deixou de ser um tema de filósofos e se inseriu como um elemento definidor do sucesso nos negócios.


O profissional de TI tem um papel central a cumprir nesse novo cenário. Sem a Tecnologia da Informação, as organizações não conseguiriam alcançar a qualidade, flexibilidade e confiabilidade necessárias na busca da sustentabilidade. Da mesma forma, a capacidade de inovar se torna um diferencial importante para todas as organizações. Portanto, profissionais de TI com inteligência estratégica são protagonistas essenciais nesse cenário de mudanças pelo qual passam as organizações em todo o mundo. Aqueles que se contentam em buscar mais do mesmo acabam se tornando meros protagonistas nesse jogo.


A redução no nível médio dos salários do setor e o rebaixamento de cargos - com o posicionamento do profissional de TI abaixo do controlador financeiro, fenômeno recente e muito comum nas indústrias - podem indicar que muitas empresas não estão enxergando grandes benefícios na atividade desses profissionais. A qualificação estratégica para a busca da sustentabilidade é certamente o elemento que pode reverter essa perda e abrir novos caminhos para os profissionais da tecnologia que está transformando o mundo."


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Tuesday, May 15, 2007

Economia da felicidade



Pense, ou melhor, sinta: As nossas ações cotidianas, das mais triviais, como ir trabalhar, até as mais nobres, como votar num referendo, das mais enervantes como fazer uma assinatura de um jornal (pegando carona no texto da Cláudia), até as mais legais como ir ao cinema com a namorada(o), são motivadas apenas por um único objetivo. Qual? Não responda ainda.

Quando reproduzimos esse mesmo raciocínio para nosso país e observamos os movimentos que o Brasil realiza ao longo do tempo, vemos que o governo, empresas e famílias também são estimulados por esse único objetivo. Fala-se muito em crowding out, aumento de oferta de crédito imobiliário, desoneração tributária, expansão do mercado de capitais, índice de Gini, PAC etc, porém qual o objetivo disso tudo?

A resposta, lá no fundo a gente sabe, mas diante de todas essas expressões confusas e, por vezes nefastas, acabamos nos esquecendo de que fazemos tudo isso para garantirmos nosso sentimento de felicidade. Nada mais, nada menos.

As formas de desenvolvimento podem ser inúmeras numa sociedade capitalista e nem sempre os caminhos a seguir estão bem definidos, uma vez que cada país tem suas características políticas, econômicas e sociológicas próprias, contudo é impossível delinear tal progresso sem ter um objetivo bem claro, que é a felicidade de seus cidadãos.

Baseado nessa perspectiva o Deutsche Bank realizou uma pesquisa na qual compara 22 países ricos e correlaciona as características socioeconômicas daqueles que foram considerados os países mais felizes.

Sobre a mensuração da felicidade, foi utilizada a metodologia de uma ONG chamada World Database of Happiness que realiza pesquisas sobre felicidade e satisfação de vida a nível mundial. As perguntas são fechadas e as respostas são ordenadas num intervalo de zero a dez, sendo dez a pessoa mais feliz. Esse nível de felicidade das nações foi correlacionado com dez indicadores macroecômicos.

Pressupõe-se que os países mais ricos fossem os mais felizes, entretanto isso não é verdadeiro por dois motivos. O primeiro é que em outra pesquisa realizada por Daniel Kahneman (o mesmo das Finanças Comportamentais e ganhador do Nobel) as pessoas têm a ilusão de que aumento de renda e consumo trazem mais felicidade, assim as pessoas tendem a trabalhar mais e dispender menos tempo para vida pessoal, gerando insatisfação. Segundo, os indicadores macroeconômicos utilizados pelo Deutsche não se referem somente à renda e ao consumo de bens materiais.

Os países que se declaravam mais felizes, coincidentemente eram os justamente aqueles que tinham o melhor desempenho em cada indicador. Pois bem, os 10 indicadores são:

1. Alto grau de confiança no próximo, ou seja, os cidadãos do país tem muita confiança de que o outro não irá lhe fazer nenhum mal. Podemos traduzir isso como civilidade. O povo da Dinamarca declarou que 66,5% dos compatriotas são confiáveis. Fui até a fonte desse dado e verifiquei que o brasileiro confia apenas 2,8%. Parafrasendo a Cláudia “de quem, afinal é a culpa disso tudo?”

2. Níveis baixos de percepção de corrupção nas instituições do país. Creio que aqui não tem muito que dizer. É só abrir os jornais brasileiros e perguntar se estamos felizes com isso tudo que está acontecendo. Os dados foram obtidos pela Transparency International.

3. Baixo desemprego, que está relacionado com renda, mas também com estabilidade ocupacional da pessoa.

4. Alto nível de escolaridade, medido pela média de anos que uma adulto entre 25 e 34 anos passou estudando, transformando o capital intelctual do país.

5. Alta renda sim dinheiro ajuda em muitas coisas, mas lembre-se de que não é tudo.

6. Alta taxa de emprego entre os idosos . Os avanços na saúde e o conseqüente aumento na expectativa de vida trouxe um fenômeno recente, indicando que aposentar-se cedo traz grandes problemas ocupacionais nessa faixa etária, provocando exclusão social, não sendo de forma alguma sinônimo de felicidade.

7. Economia informal pouco representativa. Muitas pessoas que estão na economia informal não estão trabalhando nisso por opção o que gera descontentamento. Além disso, a correlação entre o trabalho informal e a corrupção é muito alta.

8. Liberdade econômica. Quanto menos o governo intervém na economia mais oportunidade se dá ao individuo de empreender e criar.

9. Baixa proteção ao emprego. Esse item é um tanto controverso e na pesquisa fica pouco claro porque países que protegem menos os empregos são mais felizes. Uma correlação analisada sugere que países que possuem uma legislação trabalhista flexível possuem baixo nível de desemprego e de corrupção.

10. Taxas de natalidade mais altas. Ter filhos traz felicidade? Não sabemos ao certo, mas países que possuem uma sociedade com todos os indicadores acima bem desenvolvidos são mais confiantes no futuro e querem criar uma família, daí essas taxas de natalidade mais altas nesses países. Note que a pesquisa fala em taxas mais altas e não altas taxas, ocorrência verificada em países pobres.

Muitos outros indicadores poderiam ser incluídos que atestariam se uma nação é feliz e tem qualidade de vida, como taxas de criminalidade, mas segundo a pesquisa, esse tipo de dado é muito difícil de ser medido, pois cada país utiliza uma metodologia. Outro ponto a ser observado é a pesquisa não determina se tais qualidades são as causas da felicidade, apenas identifica as coincidências, o que não a invalida, já que se tem uma idéia geral de qual caminho podemos seguir. No caso do Brasil, onde ainda existe muita miséria, o sentimento de felicidade a curto prazo certamente está atrelado à alimentação, saúde e aquisição de bens materiais, mas note que esses fatores estão, de alguma forma, ligados à todos os índices acima, seja no curto e principalmente no longo prazo.

Para todos os países fica evidente que o bem estar de todos deve ser um objetivo muito bem definido para indivíduos, governo e empresas. Sem políticas de bem-estar social de longo prazo (e não assistencialismo barato) é difícil estruturar um país que torne a vida de seus cidadãos mais feliz. E sem cidadãos felizes e satisfeitos diria que é impossível erguer uma nação.


Momento de reflexão sobre a indiferença social


Confesso que o assunto que vou discutir agora nada tem haver com nosso habitual. Mas achei importante alertá-los do que aconteceu comigo e deixar uma pergunta no ar.


Hoje atendi o telefone no escritório e um sujeito se identificou como funcionário de um grande jornal de São Paulo, me oferecendo uma promoção onde eu ganharia 3 meses de jornal grátis e ingressos de cinema. Eu estava trabalhando, mas como tenho como política não ser rude com quem trabalha com telemarketing, deixei que falasse sobre a promoção. No meio da conversa, o sujeito me disse que para efetivar a promoção, precisava do meu nome completo, CPF e conta corrente. Nessa hora desconfiei de que se tratava de um golpe, desconversei e pedi para que o homem ligasse mais tarde.


Para minha surpresa, uma hora depois outro sujeito me ligou. Insistiu que "a nível de" (sic) finalizar o cadastro, precisava do meu CPF e conta corrente. Eu respondi que não estava mais interessada na promoção, mas o sujeito continuou insistindo de todas as formas. Me questionou por que eu não gostaria de presentear minha família com ingressos grátis de cinema. Chegou a me passar o endereço do site do jornal (!!) onde realmente constava umapromoção desse tipo. Para os desavisados pode enganar, mas ao verificar detalhadamente o extenso regulamento, lia-se que somente assinantes do jornal eram aptos a participar.
Eu novamente recusei. Ele insistiu e - aí vem a parte mais estapafúrdia da conversa - me perguntou se eu preferia dar dinheiro para um "ladrão como o Lula" e continuar votando "45 no Alckmin" do que aproveitar e contribuir com R$ 1,45 (o preço do exemplar do jornal segundo o sujeito) para ajudar gente honesta e trabalhadora. Eu retruquei: "se isso te incomoda tanto, acho melhor você mudar de país." Ele respondeu, alterado: "Não se trata de mudar de país, se trata de justiça!" Eu concordo, mas não vem ao caso. Respondi: "Exatamente, eu quero ser justa com você e não quero tomar seu tempo. Por isso acho melhor você ligar para outra pessoa, pois eu não estou interessada".
Em seguida ele desligou o telefone e eu fiquei a questionar: de quem, afinal é a culpa disso tudo?

Sunday, May 06, 2007

Aposentar com Dividendos de Ações?

Eventualmente vem gente me perguntar sobre ações, quais comprar, quando comprar, esse tipo de coisa. Quando a gente trabalha no mercado acionário percebe que a coisa não é como nos filmes, onde sempre tem um sujeito que faz uma fortuna especulando em um período muito curto de tempo (fazendo o chamado day trade). Quem é investidor pessoa física e tentou fazer day trade já percebeu que isso não é muito fácil. Em mercados de alta volatilidade, é possível auferir ganhos significativos executando esta estratégia ,mas também é muito fácil perder.

Com todo esse entusiasmo em cima do resultado da Bolsa, tem muita gente investindo em ações. Só que a grande batalha das corretoras, bancos e fundos de investimentos é fazer o investidor entender que aplicar em ação não é investimento de curto prazo. Tem muita gente que compra uma ação hoje, paga corretagem e fica olhando para o preço da ação todo santo dia. E convenhamos, isso é enlouquecedor para qualquer tipo de investimento.

Estamos vivendo, sem dúvida, um momento excepcional na Economia não apenas brasileira como mundial. E isso se reflete no resultado das empresas e claro, no desempenho das mesmas na Bolsa. A revista Exame fez um cálculo interessante em sua última edição:

Quem há 20 anos aplicou 1 000 reais em cada uma das empresas abaixo e reinvestiu os ganhos tem hoje rendimento anual de 35 150 reais com os dividendos. Por mês, a renda é de 2 930 reais. Confira abaixo o desempenho de cada ação

Dividendo anual
Telesp ON - 20 800 reais
Banespa ON - 6 140 reais
Vale do Rio Doce ON - 4 600 reais
Unibanco ON - 2 400 reais
Lojas Americanas PN - 1 210 reais
Muito bem, o que isso tudo quer dizer? Quer dizer, entre outras coisas, que a Economia tornou-se mais sólida, que as empresas em que esse investidor aplicou possuíam um fundamento sólido e que, quem diria, é possível se aposentar com ações. A matéria fala essencialmente de dividendos, que é a parcela de lucro distribuída aos acionistas ao fim de cada exercício social, na proporção da quantidade de ações detida. Ela parte do pressuposto que se o investidor tivesse aplicado aqueles R$ 1.000 há vinte anos nas 5 maiores empresas pagadoras de dividendos nesse período e que se ele tivesse reinvestido todo o ganho com esses dividendos em mais ações dessas empresas, teria um patrimônio de R$ 950.000 hoje em ações.
Impressionante, não? Mas devemos levar em conta que juntar esse dinheiro é fácil em teoria. O investidor físico precisa para tanto ter uma boa compreensão da ação que está adquirindo, saber se o fundamento da empresa é boa. Para tanto, pode recorrer à análise da corretora onde opera, manter-se informado sobre as ações da empresa por meio de jornais, revistas e também prestar atenção no histórico de pagamento de dividendos. Todas essas empresas possuem uma área de Relacionamento de Investidores também, onde o investidor pode ter acesso aos relatórios anuais, composição acionária, apresentações institucionais.
Além disso ele precisa ser disciplinado. Poupar o dinheiro e investir em ações sempre. Todos sabemos que isso é complicado, principalmente quando precisamos de caixa imediato e surge a tentação de realizar o ativo. Para isso, a matéria dá uma dica sábia que se todo investidor em ações tivesse na cabeça já seria um passo enorme: "nunca compre ações com um recurso que faça falta para outro investimento, como a compra de um imõvel ou de um carro. Só tire o dinheiro de uma ação se tiver em vista outra mais promissora."

Thursday, May 03, 2007

Eu contribuo com CO2 ?

Pessoal, parece que o momento atual todos nós ficamos verdes! Está em moda (ainda bem) falarmos de assuntos relacionados a Natureza, como o excesso de gás CO2 está afetando a Terra com o conhecido aquecimento global e um crescimento sustentável por exemplo. Temos que tomar providências, é o que todos os meios de comunicação falam, que os políticos falam, que até o Zé no bar da esquina fala, etc. Vamos conhecer um pouquinho da Terra, o planeta que nos acolhe.


O Equilíbrio na Terra

A Terra que nos abriga é um organismo vivo e não totalmente compreendido ainda. Mas, durante bilhões de anos, ela vem mantendo o equilíbrio necessário para a sustentação da vida. Para se ter uma idéia, as algas marinhas possuem uma relação direta com a formação de chuvas, e até o seu xixi é importante para ajudar a fixar o nitrogênio na terra para que os vegetais possam absorvê-lo. É um sistema complexo que envolve a interação dos organismos vivos, atmosfera e rochas que regula a temperatura global no nível ideal para que se tenha vida. Quando há intervenção humana maciça (6 bilhões de pessoas) poluindo, desmantando, explorando mais e mais, a Terra não consegue reagir rápido o suficiente para que o equilíbrio seja restabelecido.



Calotas Polares



Porquê todos falam das calotas polares, se estão distantes...nos polos? As calotas polares, são mecanimos utilizados pela Terra como ar-condicionado. O gelo das calotas refletem totalmente a luz que nelas incide de volta para o espaço, mantendo a Terra resfriada. Quando as calotas começam a derreter, surgem espaços de terra e seguram o calor dos raios solares, aumentando o ritmo do derretimento. Assim, nosso ar-condicionado começa a falhar. Isto é apenas um exemplo do que está acontecendo durante o aquecimento global.



Oceanos e Florestas



Os oceanos também sofrem com o excesso de CO2 (Dióxido de Carbono) na atmosfera, que provoca o aquecimento da Terra e consequentemente de suas águas. Segundo especialistas, quando a temperatura da água fica acima de 10º C, o suprimento de nutrientes fica deficiente causando a morte de algas (que ajudam a roubar CO2), prejudicando o equilíbrio da temperatura. Por outro lado, para as florestas a temperatura ideal para que se desenvolvam fica em torno dos 20ºC, e acima de 40ºC sofrerão problemas de sobrevivência.



Estilo de vida

Precisamos tomar providências! Sempre que pensamos em providências, lembramos primeiramente dos carros, caminhões, ônibus e depois das chaminés de indústrias. Está correto, mas não completo. Nosso estilo de vida está devidamente associado com os meios de transporte citados, bem como nossa comida (pré-processada ou não), nossos aparelhos elétricos, etc. Então quer dizer que eu também sou responsável pelo aquecimento global? Infelizmente, a resposta é sim. Todos nós somos. Nós temos utilizado os recursos da Terra, num ritmo que ela não consegue repor e pasmem, somos grandes emissores de CO2. O que fazer ? Que tal, darmos um ponta-pé inicial para colaborarmos com a Terra? Você sabe o quanto contribui com a emissão de CO2? Eu estava navegando pela internet e achei muito interessante a ferramenta Footprinter que baseado em seu estilo de vida, é possível calcular o quanto cada um contribui com as emissões de CO2 para atmosfera. Dêem uma olhada, vale a pena. E, claro, tomem providências.



Veja também:

Footprinter
A vingança de Gaia

Climate Change Leadership Program